Nesta pesquisa, foi proposto novo olhar sobre o conto de Rollo May intitulado “O homem que foi colocado numa gaiola”, à luz da proposta em construção na contemporaneidade, sobretudo nas últimas duas décadas, pela comunidade de psicólogos e filósofos brasileiros estudiosos do filósofo, escritor, crítico literário e dramaturgo Jean-Paul Sartre, de Psicologia Fenomenológico-Existencialista inspirada em suas obras literárias e filosóficas. Realizou-se pesquisa do tipo bibliográfica, baseada na consulta a artigos científicos e capítulos de livro de obras colegiadas vinculados à Psicologia e à Filosofia de matrizes sartrianas, bem como em textos filosóficos e ficcionais de Sartre. De início, examinou-se a liberdade ontológica em Sartre, debruçando-se sobre o conto de sua autoria intitulado “O muro”. Após, passou-se à interpretação da parábola de Rollo May, com base nos aportes colhidos da literatura brasileira especializada na Psicologia e na Filosofia de bases sartrianas, com destaque ao estudo da concepção sartriana de má-fé e das contribuições da Psicologia Fenomenológica e Existencialista de cariz sartriano e de formulação brasileira às questões do sofrimento psíquico, da ausência de campos de possíveis e da ruptura do projeto existencial. Em seguida, evidenciou-se a atualidade do texto ficcional de May, em cotejo com a realidade contemporânea pertinente à pena perpétua e ao confinamento solitário, em particular no sistema prisional da América do Norte.
In: FROTA, H. A.
da. Da prisão arbitrária à ruptura do projeto existencial: diálogos entre
Rollo May e Jean-Paul Sartre. Revista da Defensoria Pública do Estado de
São Paulo, São Paulo, v. 4, n. 2, jul.-dez. 2022, p. 114.
Leia o artigo
completo: Da prisão arbitrária à ruptura do projeto existencial:
diálogos entre Rollo May e Jean-Paul Sartre.
Como citar a referência bibliográfica: FROTA, Hidemberg Alves da. Da prisão arbitrária à ruptura do projeto existencial: diálogos entre Rollo May e Jean-Paul Sartre. Revista da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 115-138, jul.-dez. 2022.
Nenhum comentário:
Postar um comentário